A vigilia da devassidão

E, como quando eu recolher, talvez a senhora Josefa esteja entregue ao sono da inocência, ou à vigília da devassidão "Os Maias: episodios da vida romantica" Eça de Queiroz

sábado, janeiro 08, 2005

Ashkenazi

Imaginem que de repente alguém obliterava 800 anos de cultura portuguesa, Camões, Gil Vicente, Eça de Queiroz. Imaginem agora o impensável, imaginem que promessa de um futuro melhor implicaria a implosão da própria língua portuguesa. O Português tinha de dar lugar a uma língua alternativa, mais consensual, capaz de unificar aqueles que necessitam desesperadamente de unidade. Imaginem agora o sentimento de perda, a falta de raízes.

Refiro-me obviamente ao desaparecimento da cultura Ashkenazi e 'a morte lenta do Yiddish. A destruição das comunidades judaicas na Alemanha (e Europa de Leste), a necessidade de integração das diferentes comunidades em Israel, levou ‘a morte de uma das mais influentes e ricas identidades culturais europeias.

E' tempo de Portugal redescobrir a importância das suas raízes não cristãs, pois no fundo somos todos mouros e judeus...

Jorge Sampaio

Jorge Sampaio falhou, falhou e vai ser recordado como um mau presidente da república. Falhou porque ao dissolver a assembleia da república, exigia-se que ele fosse capaz de motivar o povo português para sair da sua já tradicional tendência para um melodramatismo apático. Falta-lhe as qualidades de liderança necessárias para ser um bom presidente da república.

terça-feira, janeiro 04, 2005

Maremoto...

Será impressão minha, ou a cobertura do maremoto no Índico está rapidamente a degenerar num enorme exercício de voyerismo emocional, em que metade do mundo "sofre" com as misérias da outra metade.

Cada vez mais é difícil de separar notícias, do simples sensacionalismo, informação capaz de atrair a compaixão, de um simples abrandamento do automóvel para ver um acidente do outro lado da via separadora.