Ashkenazi
Imaginem que de repente alguém obliterava 800 anos de cultura portuguesa, Camões, Gil Vicente, Eça de Queiroz. Imaginem agora o impensável, imaginem que promessa de um futuro melhor implicaria a implosão da própria língua portuguesa. O Português tinha de dar lugar a uma língua alternativa, mais consensual, capaz de unificar aqueles que necessitam desesperadamente de unidade. Imaginem agora o sentimento de perda, a falta de raízes.
Refiro-me obviamente ao desaparecimento da cultura Ashkenazi e 'a morte lenta do Yiddish. A destruição das comunidades judaicas na Alemanha (e Europa de Leste), a necessidade de integração das diferentes comunidades em Israel, levou ‘a morte de uma das mais influentes e ricas identidades culturais europeias.
E' tempo de Portugal redescobrir a importância das suas raízes não cristãs, pois no fundo somos todos mouros e judeus...
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