A vigilia da devassidão

E, como quando eu recolher, talvez a senhora Josefa esteja entregue ao sono da inocência, ou à vigília da devassidão "Os Maias: episodios da vida romantica" Eça de Queiroz

domingo, março 13, 2005

Ursos polares - 4

- Mãe, quero desenhar um pinguim.
- Um pinguim? – Respondeu a mãe curiosa.
- Sim, necessito de um isco para Ursos Polares.
- Ah, compreendo. Mas se calhar devias desenhar um foca. Eu acho que os ursos polares preferem focas.
- A serio!? Não sabia. Mas eu não sei desenhar focas...
- Eu ensino-te.
Foram para o escritório e sentaram-se numa mesa. Era uma mesa enorme, rodeada de canetas de múltiplas cores, inúmeras réguas e papel de diferentes texturas. Não era a primeira vez que se tinha sentado naquele lugar, mas um surpreendente sentimento de urgência dava-lhe agora um prazer renovado.
- Bem começas assim - mostrou-lhe a mãe. Primeiro começas com um simples rascunho da foca, uma simples impressão e apenas depois desenhas os detalhes. Tens de ter paciência.

Apesar de ter uma ideia muito clara daquilo que pretendia, apenas antes do jantar se convenceu que tinha um isco perfeito: uma foca bebé, sorridente, com uns enormes olhos pretos.

1 Comments:

At 6:09 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Uffa, o Pinguim escapou!

Não comeces a fazer uma foca muito gira, se não lá fico eu outra vez com o coração aos saltos :)

Porque não põe ele só um pedaço de carne? Resolve-se logo o problema.

 

Enviar um comentário

<< Home